
Tempestade tropical Marco (2008)
Tempestade tropical Marco foi o décimo terceiro ciclone tropical da temporada de furacões no Atlântico de 2008. Marco originou-se de uma perturbação tropical estacionada sobre a península de Iucatã por vários dias no final de setembro. Em 6 de outubro, uma pequena circulação ciclônica formou-se no interior do sistema e ele se tornou uma depressão tropical, no momento em que deixava a costa do estado mexicano de Campeche para adentrar a baía homônima. Mais tarde naquele dia, o fenômeno se fortaleceu e passou a ser chamado de tempestade tropical Marco. O sistema continuou a se intensificar sobre a baía de Campeche, atingindo seu pico de intensidade durante o começo da madrugada de 7 de outubro, com ventos máximos sustentados de 100 km/h. A formação manteve esta intensidade até atingir a costa do estado mexicano de Veracruz mais tarde naquele mesmo dia. Após adentrar o continente, enfraqueceu-se rapidamente e dissipou-se sobre as montanhas do México central ainda em 7 de outubro.
Devido ao seu tamanho extremamente pequeno, Marco causou apenas danos mínimos em Veracruz. Houve relatos de enchentes localizadas e de mar agitado. Nenhuma fatalidade foi relatada e nenhuma pessoa ficou ferida devido aos efeitos da passagem do ciclone no México. A tempestade foi o menor ciclone tropical atlântico em tamanho já registrado na história.
A tempestade tropical Marco originou-se a partir de uma grande área de baixa pressão estacionada sobre o noroeste do mar do Caribe, próximo à península de Iucatã, na última semana de setembro de 2008. O fenômeno não mostrou sinais de organização até que, em 4 de outubro, uma onda tropical chegou naquela mesma área e fez com que o sistema se desenvolvesse. A essa altura, já era possível observar o fenômeno no litoral de Belize, iniciando a travessia da península como uma pequena circulação ciclônica. Inicialmente, a proximidade com a costa impediu que a formação ganhasse força, mas as áreas de convecção começaram a surgir à medida que o sistema cruzava a península e se aproximava da baía de Campeche. Por volta da 00h00 (UTC) de 6 de outubro, quando o fenômeno alcançou a laguna de Términos, no estado mexicano de Campeche, ele já apresentava áreas de convecção suficientemente bem definidas para ser designado como "depressão tropical Treze" pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (em inglês: National Hurricane Center).[1] Uma crista de nível médio, localizada ao norte do fenômeno, fez com que o sistema se movesse em direção oeste-noroeste. Os meteorologistas previram sua intensificação no momento da chegada em terra firme, já que apresentava um fluxo bem desenvolvido, havia pouco cisalhamento do vento, e a superfície do mar estava aquecida ao longo do caminho.[2] Ao meio-dia (UTC), o pequeno ciclone, com uma formação de nuvens de no máximo 140 quilômetros de diâmetro, foi reclassificado e "promovido" a tempestade tropical Marco.[1]
As condições favoráveis à ciclogênese permitiram que Marco rapidamente se intensificasse durante a tarde e a noite de 6 de outubro. No dia seguinte, a tempestade atingiu o seu pico de intensidade com ventos de 100 quilômetros por hora, e uma pressão mínima de 998 milibar (hPa; 29,47 polegadas de mercúrio).[1] Esses valores foram aferidos numa missão de reconhecimento de um avião caçador de furacões dentro do ciclone, que registrou ventos em nível de voo de 110 km/h, o que corresponde a uma velocidade de vento de superfície de 98 km/h. Após o rápido aumento da intensidade, os meteorologistas levantaram a possibilidade de Marco se elevar ao status de furacão antes de fazer landfall (chegar em terra firme).[3] Mas a tempestade manteve uma pequena área de convecção profunda, com média de 14,8 km de diâmetro, já que continuou se movendo em sentido oeste-noroeste.[4] Logo depois de atingir seu pico de intensidade, os ventos com força de tempestade tropical se estendiam num raio de 18,5 km a partir do olho do ciclone.[5] Por volta do meio-dia (UTC) de 7 de outubro, o centro de Marco chegou em solo mexicano próximo à pequena localidade de Misantla, em Veracruz, com ventos de 100 km/h.[1] Mas o ciclone rapidamente se enfraqueceu,[6] sendo rebaixado para depressão tropical seis horas após sua entrada no continente. A pequena depressão se dissipou mais tarde, naquele mesmo dia, sobre as montanhas do México.[1]